Há quem diga que Deus criou a maternidade e a considerou tão sublime que quis também nascer de uma mãe, entre nós. E foi tão generoso e misericordioso que dividiu essa Mãe com todas as criaturas. No Calvário, quando já encerrava a sua paixão, Jesus entregou sua mãe a toda à humanidade na pessoa de João, o discípulo amado. Maria é Mãe de Deus e nossa!
É indefinível, inefável o papel de uma mãe. Deus deu às mães o privilégio de dividir com Ele a geração de um filho. Ele nos criou, a cada um de nós, mas todos nós nascemos de uma mulher - mãe!
A mãe sofre pelo filho, a mãe luta pela felicidade do filho, a mãe gostaria de atrair para si todo sofrimento a fim de que o filho não sofra.
Mas ser mãe não é só gerar, é criar, educar, dar amor, carinho, incutir responsabilidade, bons princípios, fé em Deus e na vida, à medida que o filho vai crescendo.
Há mães que não geraram, não são, portanto, mães biológicas, mas criam com amor crianças que, por algum motivo, não puderam ser criadas pela mãe natural.
Há também mães biológicas que não transmitem amor e até tentam se desfazer de seus filhos. É muito lamentável. Deus deu a elas uma missão tão edificante e elas dão as costas para o filho e para Deus.
Todos os dias de nossas vidas deveriam ser “dia das mães”. Primeiramente, para o filho se lembrar sempre com carinho de sua mãe, demonstrando-lhe seu amor, não somente por um dia no ano, mas sempre.
Em segundo lugar, para as próprias mães meditarem sobre a confiança que Deus depositou em cada uma delas, dando-lhe o privilégio de ser mãe.
Temos exemplos, tanto no Antigo como no Novo Testamento, de como a maternidade é importante para a mulher e de como Deus é generoso e misericordioso, dando a mulheres de mais idade a alegria de serem mães. Podemos citar vários exemplos, mas resumimos em Sarah, esposa de Abraão e em Isabel, esposa de Zacarias, mãe de João Batista.
A comemoração de um dia das mães, que, às vezes, toma um cunho comercial, infelizmente; leva-nos a essas reflexões e nos faz desejar que todos os filhos amem suas mães com muito carinho. Mas, principalmente, nos leva a pedir a todas as mulheres que, biologicamente ou por adoção, têm o privilégio de ser mãe, que cuidem de seus filhos com muito amor, dedicação, carinho e desprendimento porque o filho não existe só para a mãe, mas para crescer e formar um caráter reto que lhe possibilite melhorar o mundo.
Que nossas mães sintam o carinho de Deus e da Virgem Maria e se espelhem na ternura de Nossa Senhora para continuar sendo os baluartes que sustentam a sociedade e a família, a genuína Igreja Doméstica. Rezemos por nossas mães abraçando-as e pedindo que Deus recompense a sua missão, verdadeiro sacerdócio de doação e de amor.
Por: Padre Wagner Augusto Portugal
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